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Justiça nega pedido de urgência para uso obrigatório de câmeras corporais pela PM de Minas Gerais

Segundo decisão, quantidade de câmeras disponíveis não é suficiente para atender toda a corporação, e a universalização do uso dos equipamentos exige p...

Justiça nega pedido de urgência para uso obrigatório de câmeras corporais pela PM de Minas Gerais
Justiça nega pedido de urgência para uso obrigatório de câmeras corporais pela PM de Minas Gerais (Foto: Reprodução)

Segundo decisão, quantidade de câmeras disponíveis não é suficiente para atender toda a corporação, e a universalização do uso dos equipamentos exige planejamento gradual. MP pede que Justiça torne obrigatório o uso de câmeras corporais pela PM de MG A Justiça negou um pedido de urgência do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para obrigar o governo do estado a implementar, imediatamente, o uso de câmeras corporais por policiais militares em ações de patrulhamento. Caso a ação fosse acolhida pela Justiça, o Governo de Minas teria um prazo de 30 dias para equipar os dispositivos em todo o efetivo da PM. A decisão, assinada nesta quarta-feira (24) pelo juiz Ricardo Sávio de Oliveira, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Belo Horizonte, afirma que não há requisitos para conceder a liminar em caráter de urgência. Segundo o magistrado, a quantidade de câmeras disponíveis não é suficiente para atender toda a corporação, e a universalização do uso dos equipamentos exige planejamento gradual "com definição de critérios objetivos de distribuição, de capacidade de armazenamento e de protocolos de privacidade". "Isso porque, pela leitura dos autos, extrai-se que foram adquiridas cerca de 1.600 câmeras e entregues à Polícia Militar. É certo que a quantidade de aparelhos revela-se muito aquém ao número de policiais que atuam no Estado de Minas Gerais, de forma que não seria possível universalizar o uso das câmeras em toda a instituição", diz trecho da decisão. Câmera na farda da Polícia Militar em Minas Gerais Reprodução/TV Integração Entenda Em fevereiro deste ano, o MPMG entrou com uma ação civil pública contra o governo de Minas Gerais para exigir a implementação do uso de câmeras corporais pela Polícia Militar. De acordo com o órgão, a medida tem o objetivo de aumentar a transparência e a segurança durante as ocorrências, além de proteger os direitos dos cidadãos e dos próprios policiais. No pedido, a promotora Maria Fernanda Araújo Pinheiro Fonseca argumentou que, desde 2021, foram adquiridos 602 equipamentos financiados pelo Fundo Especial do MP (Funemp) e 1.040 com recursos do Tesouro Estadual. No entanto, os aparelhos estariam sendo subutilizados pela corporação. A promotoria alegou que a distribuição inicial dos dispositivos ocorreu sem um planejamento claro e que a PM não forneceu informações concretas sobre a utilização das câmeras e a metodologia de avaliação dos resultados do projeto. "Foram encaminhados diversos ofícios à Polícia Militar de Minas Gerais, [...] em sua maioria sem respostas satisfatórias ou que indicassem de forma clara e objetiva de como estava se dando o uso das câmeras, bem como se o comando estaria fomentando e acompanhando o uso, para a devida institucionalização da tecnologia", destacou a promotora, em trecho da ação. O Ministério Público, então, solicitou que o estado fosse condenado a implementar, em até 30 dias, os equipamentos já existentes em policiamento ostensivo, especialmente nas unidades com maiores registros de interações com uso da força. O MP ainda pediu que, no prazo de dois anos, todos os policiais fardados fossem equipados com as câmeras portáteis. O descumprimento das determinações resultaria em uma multa diária de R$ 50 mil ao comandante-geral da corporação. Vídeos mais vistos no g1 Minas:

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